Bárbara

Bárbara a dos olhos de vidente
bárbara de Camões
coroada de desdém
cativa de coraçoes
prisioneira do além
bárbara só uma...
aquela que me aprisiona
com correntes de loucura...
bárbara, teu nome é ternura
ancorada numa tempestade
doce delírio, alucinaçao
semeada em cada rua
neste circulo de lua
sombra fatal e apetecida
brilho que seduz
bárbara de luz...
não há dúvida que de ti não fujo
que te procuro...
por entre os lençois e as histórias
doces vis memórias
esquinas de frutos e azuis...

Bárbara imaginação
de corais e dunas
sal de emoção
sem língua, cor ou nação...
bárbara só uma
selvagem nao é de ninguém
e é de toda a gente
bárbara, raiz de vida
bem conhecida
que me absorve, timidamente
bárbara arfada de quem quer
entranhas de mulher
de essência tão leve, tão solta
bárbara a prisioneira
o gume, o lume, a lâmina, o segredo
que nos agrilhoa
ó bárbara teu nome é perda e ganho
é mistério soterrado
num íntimo desejo suspirado
bárbara a dos olhos vorazes
bárbara de Manuel Alegre
e minha também
prisoneira celeste
cativa do além...

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