Fúnebre
Sem dirigir o olhar, caminhei ao lado daquele homem sinistramente belo.
O seu tom de voz era forçado, impessoal, reprimido.
Como se por detrás dos seus olhos azuis houvesse um mundo cadavérico e inabitável.
Imperava o desejo humano e frágil de fugir.
Seguir o meu caminho, sem olhar atrás. "Mas ele não me deixaria escapar"-pensei eu-
O ar era denso, frio, fúnebre...os movíes estavam cobertos de pó e de acordes de valsas tão antigas como aquele piano negro.
Havia uma luz ao fundo do corredor, penso que seria um candieiro de petróleo...
Não me atrevia a especular sobre o terrivel segredo protegido por aquelas paredes espessas e cortinas voluptuosas..
Fechou a porta para não deixar entrar a luz das estrelas. Disse-me que tinha pavor a claridade. Que o silencio fala, o silencio cala. nas ruínas da imensidão...
Súbitamente sussurou-me ao ouvido "quero o teu beijo lunar. o medo que fica preso entre os dedos."
Os meus lábios estavam cristalizados ou seriam os sentimentos. Não pode expressar, deixe-me consumir pelo incenso...
O seu tom de voz era forçado, impessoal, reprimido.
Como se por detrás dos seus olhos azuis houvesse um mundo cadavérico e inabitável.
Imperava o desejo humano e frágil de fugir.
Seguir o meu caminho, sem olhar atrás. "Mas ele não me deixaria escapar"-pensei eu-
O ar era denso, frio, fúnebre...os movíes estavam cobertos de pó e de acordes de valsas tão antigas como aquele piano negro.
Havia uma luz ao fundo do corredor, penso que seria um candieiro de petróleo...
Não me atrevia a especular sobre o terrivel segredo protegido por aquelas paredes espessas e cortinas voluptuosas..
Fechou a porta para não deixar entrar a luz das estrelas. Disse-me que tinha pavor a claridade. Que o silencio fala, o silencio cala. nas ruínas da imensidão...
Súbitamente sussurou-me ao ouvido "quero o teu beijo lunar. o medo que fica preso entre os dedos."
Os meus lábios estavam cristalizados ou seriam os sentimentos. Não pode expressar, deixe-me consumir pelo incenso...
Barbara, gostei do teu texto.
ResponderEliminarÉ tão realista que até assusta...
"O ar era denso, frio, fúnebre...os movíes estavam cobertos de pó e de acordes de valsas tão antigas como aquele piano negro."
Bom fim de semana.
Um beijo.
PS:
ResponderEliminarDevias aumentar o tamanho do texto. A letra é demasiado pequena.
É uma sugestão...
Mas porque raio vejo em tudo
ResponderEliminarA musica sempre presente
Porque umas vezes me faz triste
Outras me deixa contente?
E fui cantador de prosas sem rima
E fui tenor de palavras sem sentido
Cantei invenções e perdidos sonhos
E nisto não fui um cantador contido
Cantei-te a vida que vivi
As coisas que me fazem sofrer
Neste palco ninguém morre
No aplauso julguei esquecer...
Doce beijo