Meia-noite. a lua pujante me avista
o relógio marca com hipocrisia
meia-noite de qualquer dia
sentada á beira desta estrada
como um parasita
contra a luz que me alumia
contra o ser que me habita
Beijo a Matéria triunfante
por entre a bruxuleanta sentença
de ser filha do Pecado mais repugnante
duma Eva sedutora, provocante
e dum Adão feito Besta
Tenho na boca o trago a sangue
da ferida que procuro e não acho
meus olhos exaustos expectantes
vislumbram a glória negra
duma cidade desertica
fluxo universal da cratéra
Ergo-me do buraco de Dante
caminho a pé. sem destino
galgando ao sabor do vento
como um demónio que caí repentino
nas portas dum convento
a minha alma morta
na volúpia da noite
ouve o jorro soluçante
dum rasgo de luz
que levemente escorre
à beira dum percepício
Meu corpo cinzelado
acesa a chama
protejo-a com a cova da mão
acesa a chama
da servidão
Dai-me Senhor da escuridão
o descanço eterno
entre os resplendores da luz perpétua
ja dormo na morte
o interminável sono
ilusão duma vida eterna...
o relógio marca com hipocrisia
meia-noite de qualquer dia
sentada á beira desta estrada
como um parasita
contra a luz que me alumia
contra o ser que me habita
Beijo a Matéria triunfante
por entre a bruxuleanta sentença
de ser filha do Pecado mais repugnante
duma Eva sedutora, provocante
e dum Adão feito Besta
Tenho na boca o trago a sangue
da ferida que procuro e não acho
meus olhos exaustos expectantes
vislumbram a glória negra
duma cidade desertica
fluxo universal da cratéra
Ergo-me do buraco de Dante
caminho a pé. sem destino
galgando ao sabor do vento
como um demónio que caí repentino
nas portas dum convento
a minha alma morta
na volúpia da noite
ouve o jorro soluçante
dum rasgo de luz
que levemente escorre
à beira dum percepício
Meu corpo cinzelado
no mámore ou no ébano
segue a miragem. trilhos secretosacesa a chama
protejo-a com a cova da mão
acesa a chama
da servidão
Dai-me Senhor da escuridão
o descanço eterno
entre os resplendores da luz perpétua
ja dormo na morte
o interminável sono
ilusão duma vida eterna...
Estes poemas estão muito bons mesmo, parabens pelo blog !!
ResponderEliminarAprecio estes ritmos.
ResponderEliminarAcontece que, ás vezes, também cultivo o género.
Cumprimentos