Consigo fechar os olhos e imaginar a curvatura da desilusão desta espécie de vida

Dos dias que se amontoam na esperança inequívoca de um último adeus

Recordar o teu corpo tatuado, feito de poema e sal

Não esqueço 

Os dias que ao longo dos anos transformam-se em lembranças 

Haverás de me chorar quando preso às memórias descobrires que sou a última, a derradeira

A saudade que não cessa

E quando não souberes nem sequer o teu nome saberás que sempre fui a escolhida 

só tua


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