Neblina
O passado como uma neblina
foge por entre os dedos
é como se o corpo permanece-se
estático e submerso no tempo.
Acordo ofegante, nem sei que dia é hoje
mas tudo continua em movimento
Fugiste-me por entre as dunas
não te persigo na insondável flutuação
da tua mão junto à minha.
Avisto...
O não-futuro desde sonho azul,
como o teu olhar, assombrante
à volta de um navio naufragado.
Junto à areia a paisagem é perigosa
a brisa exaltada de verde água
na queda do véu junto ao mar.
Aqui fico, olhando as escarpas
na flutuação da ternura
da boca contra a minha,
o corpo repousado no sal marinho da tortura
aqui te espero,
aqui sou tua.
Comentários
Enviar um comentário