Maresia
A cada hora oceânica sinto-me perdida
na alma de outra alma agora adormecida
o amor com que sonho jaz tranquilamente
por entre as ondas da maresia
a esperança evapora-se como álcool anticéptico
e consume as horas.
Enquanto a sombra, da tua mão delineia o meu ombro
não se sente, mas se escuta o som impaciente
das horas infinitas passadas longe do sal
dos teus olhos que ecoam a única história possível
viver o amor.
Se houver espaço de ser
por entre a neblina
e o ar abafado, estende-me as mãos
rema com força rema pesado
até à outra margem da cintura nua
onde guardo para ti a macieza
da minha boca na tua.
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