a noite era tanta


A noite. Tenho medo do tempo que parte ao chegar
não consigo dormir. A morte é a mão que embala
deitada sobre a cama. a alma repousa
cru e nua. não imaginas de que cor é
a fantasia prolongada. o outro lado da lua
onde mora a escuridão. por entre as paredes
que ressuscitam. o céu era triste.
os ramos mais altos não alcançavam
a luz dos olhos que brilhavam
lembraste?

A noite. O tempo morno junto ao mar do norte
mãos dadas sobre o peito. Num leve sombrio jeito
de cabelos carmesim deixados ao abandono
por entre os dedos. Segredos da tua pele branca
na minha boca a miséria obscura de quem não
tem controlo sobre si
lembraste?

A noite era tanta. O vento forte
Na fúria de ser livre. O sonho de te ter em mim.

Comentários

  1. Ruivinha! Faço minhas todas estas lindas palavras... lembraste?

    "...segredos da tua pele branca
    na minha boca a miséria obscura de quem não
    tem controlo sobre si
    lembraste?"
    ...no teu corpo que é um sárdio...

    Muitos beijinhos.

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  2. Que a noite possa ser transformada em claro alvorecer!

    com a luminosidade da manhã que desponta,
    ajuda a construir um arco-íris de Amor e Paz
    que envolva a Terra inteira.

    Bom Ano!

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  3. Lindo seu blog... poemas, imagens, gostei demais!
    Que 2009 lhe traga grandes realizações, tanto pessoais quanto profissionais!
    bjo,
    Branca.

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  4. Feliz ano novo.

    Feliz 2009!

    Que os sonhos se concretizem.

    http://desabafos-solitarios.blogspot.com

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  5. Iluminada é a noite pelas palavras que lhes sussurras, vontade poética projectada na escuridão das sombras.
    Caminha Bárbara. Caminha pelos caminhos do apogeu poético, porque cada imagem que pintas e que derramas quais gotas de vida que reclamam a morte, são transparências ensanguentadas da tua vontade. Poesia intermitente dos mais profundos anseios.

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